17 julho 2006

Por que comprei minha bicicleta?

Acho que eu já tive umas 3 bicicletas. Pelo menos eu me lembro de três. A primeira era toda preta, daquelas bem vagabundas mesmo. Ela tinha rodinhas. E eu, uns 3 anos. Eu andava na casa da mãe da minha mãe, lá tinha um quintal bem grande. Pelo menos na lembrança ele era grande. Sempre que vou lá, ele parece menor do que era. Ou eu que cresci mesmo. Eu tenho isso às vezes, a sala de aula parecia maior quando eu tinha 15 anos, o quintal da minha avó era imenso, meu antigo quarto era gigantesco... O fato é que essa foi a minha primeira bicicleta. Aí eu cresci e ela foi passada pro meu primo, três anos mais novo que eu. Acho que nessa época eu estava sem bicicleta. E ele tinha um triciclo, daqueles de plástico que a mãe amarra uma corda pra puxar o filho! Era injusto, por que ele tinha dois meios de transporte e eu, nenhum? Óbvio que eu pegava a bicicleta dele pra andar! Mas aí, teve um belo dia que eu estava andando e ela simplesmente desmontou! Foi muito engraçado, as rodas se soltaram e foram rolando. Mas também, né, eu já era bem grandinho para andar naquela bicicleta. Ri bastante. Eu acho que as coisas aconteceram nessa ordem, mas posso estar errado, faz um certo tempo que isso tudo aconteceu.

Aí teve um Natal, acho que foi o de 1989, eu tinha seis anos. O presente que o Papai Noel me trouxe foi uma bicicleta. Uma Caloi aro 20 se não me engano. Noooossa, ela era amarela fluorescente! Era muito irada! É, só que ela não tinha rodinha e eu não alcançava o chão, ou seja, a bicicleta também era gigantesca. E eu consegui aprender a andar naquela bicicleta de adulto! É, pra mim ela era pra adulto, eu sempre reclamava, dizia que tinha medo e tal... E eu aprendi a andar! Só que não aprendi a frear... Quase atropelei uma velhinha, sorte que meu padrinho corria rápido na época: "Pára, Alexandre, pára! Usa o freio!" Pra mim, ele também era muito grande. Ah, meu primo também ganhou uma bicicleta, uma aro 16 eu acho. Era menor que a minha e tinha rodinha. A dele era azul. De novo, eu cresci e minha bicicleta novamente foi pra ele. Mas eu também quase não usava, só andava quando ia na casa da minha avó, em Realengo, subúrbio do Rio. Lá dava pra andar, a rua era tranqüila, quase sem carro, e meus pais deixavam.

O tempo foi passando, eu fui crescendo, passei muito tempo sem ter uma bicicleta, só usava dos outros, sempre andando em ruas tranqüilas, quase sem carro, onde minha mãe deixava eu andar. Entrei pra faculdade e comecei a virar adulto. Virar adulto não é só aumentar a idade, eu acho que tem muito de aprender coisas novas. Uma dessas coisas que aprendi a fazer foi pensar. E foi pensando que eu comecei a ver que a bicicleta pode ser um excelente meio de transporte: econômico e não pega trânsito. Resolvi comprar minha terceira bicicleta quando apostei corrida com o Henrique: eu de ônibus e ele de bicicleta, de Botafogo até a Tijuca. Ele ganhou, e olha que era um feriado, com menos carro na rua, trânsito fluindo bem! E aí comprei uma bicicleta depois de uns três meses de procura da ideal. Acho que essa bicicleta é diferente porque fui eu que escolhi, eu que fui procurando a mais barata desse modelo, eu que busquei isso tudo. Não que seja mais importante, mas é diferente.

E hoje estou eu aqui, com uma bicicleta. Acho que estou apaixonado. Não, seria meio estranho, né...

Na próxima postagem pretendo escrever como comecei a me interessar cada vez mais pelo assunto Bicicleta.

Vou ficando por aqui porque já tá bem grande essa, não... Pelo menos, parece...

Beijo no coração,
Jaloto