Primeiro dia de pedalada: sob a sombra de uma velhinha

Antes de começar a contar um pouquinho do nosso dia, algumas palavras iniciais.

A viagem contou com nós dois, abaixo assinados, e teve uma ausência repentina do nosso amigo Raphael devido a motivos pessoais.
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Como já foi informado em post anterior, começamos nossa jornada hoje pela manhã (cerca de 7:30). Porém, na verdade ela começou um pouco antes disso, quando ficamos desde as 4:55 arrumando as bicicletas na rodoviária de Santos para nossa real partida.
Estava tudo certo: alforges nos bagageiros, pedais e rodas apertados, luva na mão e capacete na.....Cadê o capacete do Jaloto? É gente, tínhamos que esquecer alguma coisa. Esperamos que seja só isso. Pelo menos até agora foi.

A viagem foi bem tranqüila (ah, compramos um capacete no caminho), afinal de contas foi só chegar na praia e virar à direita, rumo ao Sul! Depois de 40km, às 10:30 paramos em Mongaguá para uma água e meia para cada um. O almoço seria em Itanhaém, mas o caminhar das horas nos preocupava e decidimos perguntar à moça da lanchonete a distância para esta cidade:
- Oi, dá licença, qual a distância para Itanhaém?
- Ih, moço, em quiloômetro? Não sei não...
- De carro demora quanto tempo?
- Depende, uns 15, 30 minutos... Ô Juçara, quanto tempo demora daqui até Itanhaém?
- Iiiih, de ônibus ou de carro? De carro são uns 15, 30 minutos.... De ônibus são 40, 15 minutos....
- Obrigado.

Enfim, nos lembramos que estávamos com o Guia 4 Rodas. Aí foi bem mais fácil. Mas valeu a boa vontade.

Chegando em Itanhaém, tratamos de comprar logo duas águas de coco na Praia do Sonho. Mas não é que paulista gosta de coco fresco? Temperatura ambiente...

O almoço estava ótimo, e algo que reparamos é o espanto das pessoas ao saber nosso destino. Acreditamos que daqui a alguns dias o espanto vai ser nossa origem:
- Tão vindo de Santos? Ah, legal. E tão indo pra onde?
- Florianópolis...
- CÁÁÁRÁÁÁCA! Vocês vão andar um bocado, hein!

E parece que todo mundo tinha visto a reportagem da velhinha de 63 anos que passou no Fantástico. Em cada ponto que paramos descobrimos uma nova parte da reportagem - que não vimos, diga-se de passagem. Era como se ela tivesse estado um pouco antes em cada lugar que passávamos. Tipo Clube da Luta.

Agora estamos em Peruíbe, lugar onde as ruas não têm placa com seu nome e as pessoas não sabem muito bem dizer onde que fica cada rua... Mas achamos mesmo assim o Albergue e agora encontramos a LAN House, que fica na mesma rua do lugar onde comemos, que é a mesma rua do posto onde limpamos a bicicleta e que é praticamente a única rua que todos conhecem... Além disso, possui cerca de 73 sorveterias, 58 imobiliárias (duas delas tratam somente de aluguel de ponto para sorveteria) e somente 3 LAN Houses.

Agora estaremos voltandos para o nosso albergue para podermos estar tirando a roupa do varal, a qual esperamos que possa estar secando já. Acreditamos, aliás, que nossas coisas possam continuar estando existindo lá no albergue.

Beijos e abraços para todos,
Jaloto e Henrique