28 setembro 2007

Dia Sem Carro 2007

Sexta-feira, 21 de setembro de 2007. Era pra ser um dia como outro qualquer. E foi. Acordamos, cada um na sua casa, comemos umas bananinhas, pegamos nossas bicicletas e fomos nos encontrar na UERJ. Marcamos a saída para 6h, mas nos atrasamos um pouco e saímos por volta de 6:10, não lembro a hora exata. Éramos 6, que o SBT me permita contar isso. Eu sei que quem está lendo agora está morrendo de vontade de fazer várias perguntas. Do que eu estou falando? Por que eu estou contando isso?

Talvez muitos não se lembrem, mas dia 22 de setembro é o Dia Mundial Sem Carro. A idéia deste dia simbólico é nós nos mostrarmos que é possível se locomover usando o transporte movido a feijão com arroz. E quando não o é, podemos muitas vezes deixar nosso veículo particular na garagem e tomar um coletivo. E quando isso também não é possível, podemos - e devemos - fazer com que isso se torne possível. Enquanto isso, o mínimo que podemos fazer é um rodízio de caronas.

Tá bom, mas e o encontro na UERJ?

Como o objetivo desse dia é o supracitado (sempre quis usar essa palavra), resolvemos antecipar o nosso dia sem carro para a sexta-feira, porque no sábado nós não iríamos para o Fundão ter aula, como num dia como outro qualquer. Em um dia qualquer, você tem que ir trabalhar, estudar e depois volta pra casa.


Na UERJ. Da esquerda para a direita: Beavis, Demarques, Tatu, Rafa, Eu e Henrique.

Acho que cumprimos nosso objetivo. Não sei em quanto tempo fizemos nossa viagem. Mas isso não importa, porque em um dia como outro qualquer, você não costuma ficar contando o tempo da viagem de casa ao trabalho. E o dia 21 de setembro de 2007 foi um dia como um outro qualquer. Um dia em que muitos carros saíram de casa e muitas pessoas se apertaram nos ônibus, trens e metrôs. Um dia em que o trânsito às 18h estava caótico, a fumaça era incômoda e o barulho ensurdecedor. Mas foi um dia também em que mais uma vez fomos de bicicleta para o Fundão. Um dia em que novamente vi que as mudanças dependem só de nós. Afinal, somos nós que fazemos o mundo à nossa volta ser assim. E o "assim" nós é que escolhemos como será.

Era pra ser um dia como outro qualquer. Agora, depois de escrever este pequeno texto, já não sei mais se foi.

Beijos e abraços de uma pessoa que acredita muito,
Alexandre Jaloto

P.S.: a volta contou com mais um - Antonio -, que chegou ao Fundão um pouco depois de nós.

1 Comments:

At 5/11/07 17:38, Anonymous Anônimo said...

"depois de escrever este pequeno texto, já não sei mais se foi."

É aquela história do "seja a mudança que você quer no mundo".

Sejamos todos, afinal só temos o dia de hoje para agir por todos os que estão por vir.

Parabéns e espero poder voltar pra próxima!

 

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